Especialistas defendem prisão domiciliar para mães detentas

Preocupados com o futuro dos filhos de mães condenadas, especialistas defendem a concessão de prisão domiciliar para mulheres detentas. Para a defensora pública da República argentina Silvia Martinez, manter mães em presídios compromete o desenvolvimento psicológico, social, intelectual e até genético dos filhos dessas mulheres. A defesa da prisão domiciliar para presas com filhos foi seguida por outros palestrantes do II Encontro Nacional do Encarceramento Feminino, evento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília/DF.

De acordo com a especialista argentina, estudos confirmam que o convívio no cotidiano do cárcere prejudica o desenvolvimento do cérebro de crianças, sobretudo antes dos três anos de idade, assim como a formação social dos filhos de mães presas.  Ela destaca que, longe das mães, os filhos perdem a noção de autoridade. “A sociedade reage pior a mães presas que a outras situações de perdas, como a morte, marginalizando e desprezando essas crianças”, ressalta a defensora.

Segundo a advogada Fernanda Balera, o aumento das mulheres na população carcerária brasileira torna mais urgente a concessão de prisões domiciliares. “Quanto mais mulheres presas, mais crianças serão afetadas por essas prisões”, afirmou a advogada, que acompanha o encarceramento de mulheres no estado de São Paulo como voluntária da Pastoral Carcerária. A  advogada relata que, embora prevista em lei,  a prisão domiciliar não é aplicada.

A aplicação das Regras de Bangkok, regras mínimas para o tratamento das mulheres presas aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2010, beneficiaria não apenas a população carcerária feminina, mas toda a sociedade brasileira, conforme afirma a especialista em assuntos penitenciários da Universidade do Chile Olga Espinoza.

O conjunto de orientações encoraja os países-membros da ONU a buscar alternativas ao regime fechado para mulheres presas. “As Regras de Bangkok não visam apenas melhorar as condições das unidades prisionais. Senão, bastaria construir prisões mais bem equipadas. O destinatário dessas regras é a sociedade como um todo”, disse. As Regras de Bangkok defendem, entre outros pontos, a proximidade da prisão do domicílio da detenta e tratamento de saúde específico à presa grávida.

Fonte: Agência CNJ de Notícias

46° Fórum Nacional de Procuradores-Gerais das Capitais Brasileiras

Nos dias 05 e 06 de setembro, representantes das procuradorias-gerais das capitais brasileiras participarão de evento com o objetivo promover a integração, articulação institucional e a discussão de temas comuns a todas as capitais. O 46° Fórum Nacional de Procuradores-Gerais das Capitais Brasileiras ocorrerá em Belo Horizonte e será um importante momento para troca de informações e o compartilhamento de experiências entre os procuradores, tendo em vista a busca por soluções para os problemas dos municípios.

05 de setembro – Quinta feira

08h30 – Credenciamento.
09h30 – Abertura – Manifestação da Presidência do Fórum.
10h – O caráter preventivo e consensual do controle interno – a experiência do SUSPAD (Suspensão do Processo Administrativo Disciplinar) e do TCG (Termo de Compromisso de Gestão) em Belo Horizonte.
Cristiana Fortini – Controladora-Geral do Município de Belo Horizonte
Debates.
12h – Almoço.
14h – Operações urbanas consorciadas dos corredores viários prioritários e do Isidoro.
Francisco Freitas – Procurador do Município de Belo Horizonte
Debates.
15h30 – Parcerias Público-Privadas na área da educação.
Debates.
16h30 – Coffee-break.
17h – Discussão sobre nova formatação jurídica do Fórum.
18h – Encerramento.
20h30 – Jantar de confraternização.

06 de setembro – Sexta feira

10h – Palestra sobre tema de Direito Tributário sobre problema específico enfrentado pelos municípios no supremo tribunal federal.
ISSQN – serviço de leasing – local da prestação e base de cálculo.
Debates.
12h – Almoço em restaurante fora do Hotel Quality.
14h30 – Sistemas de controle de processo e de fluxo de trabalho nas procuradorias –apresentação do SISPGM.
Debates
16h – Coffee-break.
16h30 – Perfil da dívida ativa do município – formas alternativas de cobrança.
Gustavo Levate – Procurador do Município de Belo Horizonte
Debates.
17h30 – Redação da Carta de Belo Horizonte – escolha da sede do próximo encontro.
19h – Coquetel.

Realização: Procuradoria-Geral de Belo Horizonte
Apoio: Grupo Fórum – Conhecimento Jurídico

Informações: (31) 3277-4075

Local de Realização
Quality Hotel Afonso Pena
Av. Afonso Pena, 3.761 – Mangabeiras – BH/MG CEP: 30.130-008
Tel.: (31) 21118900

Para presidente da OAB, morosidade da justiça também é culpa do Judiciário

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado Coêlho, afirmou que o Judiciário precisa fazer sua parte quanto à celeridade processual na Justiça.  Para ele, o Poder Judiciário deve se organizar e espalhar seus recursos, concentrados na cúpula, para as pequenas comarcas. A declaração foi feita durante audiência da Comissão de Constitutição, Justiça e Cidadania (CCJ), nesta quinta-feira (15).

“Joga-se para o Legislativo toda uma responsabilidade e o Judiciário não faz sua parte. O dinheiro que vai para o Judiciário é mal aplicado, fica encastelado nos tribunais, gastos absurdos na cúpula dos tribunais e o dinheiro não é espalhado onde a população se encontra, nas varas e comarcas”, destacou o presidente da OAB.

O advogado disse que é a favor da eleição direta para presidentes dos tribunais de justiça nos estados, pois, segundo  ele, essa medida democratizaria a justiça brasileira. O presidente criticou também os juízes que ficam nas comarcas apenas de terça a quinta. Ele disse que a OAB está apoiando a campanha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) chamada “Juiz presente na Comarca”.

“Magistrado trabalha nas terças, quartas e quintas, o que nós chamamos de magistrados “TQQ”. Não trabalham nem sexta, nem segunda. O que o CNJ está fazendo? Obrigando a todos marcarem audiências segunda e sexta-feira, em todos os níveis”.

De acordo com Marcus Vinícius Furtado, é preciso haver uma mudança estrutural e os advogados também devem fazer sua parte, deixando de recorrer de tudo. Conforme informou, os advogados públicos são os que mais recorrem e poderiam deixar essa prática se fossem editadas súmulas administrativas desobrigando os advogados públicos de entrar com recurso.

Audiência

A audiência pública realizada hoje debateu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2011, que limita a apresentação de sucessivos recursos para atrasar o cumprimento de decisões judiciais definitivas.

Fonte: Agência Senado

Novo CPC pretende dar mais celeridade ao judiciário

Elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, o projeto de lei do novo Código de Processo Civil visa dar mais celeridade e efetividade aos processos de execução.

O relator do projeto, o deputado Paulo Teixeira, ressalta a criação da ordem cronológica de julgamentos. Conforme destaca, os processos terão que ser decididos na ordem que foram remetidos ao gabinete do julgador para deliberação. Dessa forma, todos os processos deverão integrar uma lista para consulta pública de modo a garantir o mínimo de previsibilidade às partes quanto à possível data de solução de seu processo. Em 1º grau, o que importa para a inclusão do processo na fila ou lista é a data em que o feito está maduro para julgamento. Há, contudo, casos que estão excluídos da regra do julgamento em ordem cronológica.

O texto ainda propõe que tanto a petição inicial quanto a contestação deverão, desde logo, ser instruídas com o rol de até 5 testemunhas. Hoje, são admitidas até 10 testemunhas, o que muitas vezes é utilizado como instrumento para protelação.

Para o advogado Mario Gelli, o novo CPC busca a simplificação dos procedimentos e a racionalização dos recursos. De acordo com ele, o projeto estimula a utilização dos meios de autocomposição do litígio, como a conciliação e a mediação. “Em regra, o réu passará a ser citado não para oferecer sua defesa, mas sim para comparecer a uma audiência prévia de conciliação/mediação. Apenas na hipótese de o conflito não ser resolvido amigavelmente é que se iniciaria o prazo para defesa”, explica.

O estímulo às negociações amigáveis é elogiada também pelo advogado José Carlos Puoli. Na opinião dele, esta medida pode propiciar resultados mais rápidos e uma diminuição de processos, porém, ressalta que para que haja esta redução é necessário alterar hábitos.

“As alterações do atual CPC (que foram realizadas, notadamente, desde 1993) foram relevantes para melhorar a fluidez de nosso sistema processual, mas também demonstraram que nenhuma alteração da lei, por si só, é suficiente para reduzir o número de litígios. Para que isto ocorra é necessária uma mudança de cultura”, diz.

Fonte: Conjur/Migalhas

Rafael Wallbach Schwind comenta sobre seu livro Licitações Internacionais

Rafael Wallbach Schwind, autor de Licitações Internacionais: participação de estrangeiros e licitações realizadas com financiamento externo, comenta sobre sua obra, no Lançamento realizado pela Fórum.

Este livro é um estudo profundo e atualizado sobre as licitações internacionais. Examina as peculiaridades da participação de estrangeiros em licitações públicas, bem como os procedimentos licitatórios que contam com financiamento de organismos internacionais. Analisa em profundidade as regras editadas pelo BID, Banco Mundial e PNUD sobre licitações e contratos.