Dia do bibliotecário: os guardiões das chaves do conhecimento

10 de março de 2023

Instituído através do Decreto nº 84.631, de 1980, o Dia do Bibliotecário homenageia Manuel Bastos Tigre, considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil. Nascido em 12 de março de 1882, Manuel Tigre foi aprovado com honras no concurso do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Trabalhou por dois anos na Biblioteca Nacional, assumindo, em seguida, a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil. Lá, desempenhou diversas atividades junto ao reitor da instituição, mesmo depois de aposentado. 

A história da sua carreira demonstra a paixão de quem abraçou a missão de ser o guardião das chaves do conhecimento. Engenheiro de formação, trocou a ocupação pela biblioteconomia após conhecer o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. Em 1915, aos 33 anos de idade, Manuel Tigre assumiu de vez a nova profissão.

Desafios à profissão no Brasil

Segundo dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), mantido pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, entre 2015 e 2020, o Brasil perdeu ao menos 764 bibliotecas públicas.

Em 2015, a base de dados contava com 6.057 bibliotecas públicas no país. Número que caiu para 5.293 em 2020.

Atualmente, o país só tem 21,6 mil formados em Biblioteconomia. Por lei, é preciso ter diploma para trabalhar na área. Para especialistas em biblioteconomia, a queda no número de bibliotecas revela um dos grandes desafios da profissão nos dias de hoje.

Homenagem merecida

Embora os desafios sejam inúmeros, a FÓRUM reconhece a importância de todos os bibliotecários e bibliotecárias do Brasil. A todos esses profissionais, nosso profundo respeito e admiração pelo empenho em preservar o acesso ao conhecimento.

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